terça-feira, 30 de abril de 2013

Consciência e Plenitude

A busca da plenitude constitui a meta essencial da

consciência lúcida que descobriu os valores reais da vida e superou os

equívocos do ego, no processo da evolução do ser espiritual.

Conscientizado quanto à realidade da vida, na sua qualidade de hálito

divino e eterno, sabe que a rapidez do trânsito carnal em nada afeta o

conteúdo de que se constitui, porquanto identifica o mecanismo da

evolução graças ao qual se adentra na existência física, através da

concepção fetal e abandona-a por meio da anoxia cerebral, quando lhe

advém a morte.

Felicitado pela perfeita identificação dos objetivos humanos, empenha-se

por entesourar os recursos inalienáveis do bem, preservando a paz

íntima e comportando-se dentro dos cânones da ordem e do dever,

fomentadores do próprio, como do progresso geral.

A consciência seleciona as necessidades reais das que são utópicas,

abrindo espaços à realização interior que induz ao amor como meio

especial de alcançar a plenitude.

Sonhada por todos os povos, nas mais variadas época

s da História, foi assinalada por santos, místicos e heróis, como Nirv

ana, Samadi, Paraíso, glória, encontrando em Jesus a denominação amena de

Reino dos Céus, onde não vicejam as dores nem as angústias , as saudades

nem as aflições.

Delimitando-lhe as balizas no próprio coração da criatura, o Mestre

Divino propôs o mergulho no oceano dos sentimentos,

onde pode sobrenadar, fruindo de harmonia, sem ansiedade, nem

arrependimento, sem perturbação ou tormento...

Conquistada a consciência que propicia amadurecimento, o ser alcança o estado de plenitude espiritual, não obstante se encontre no invólucro carnal.

Enquanto estejas na vida corporal, exercita-te na fraternidade, não te

deixando perturbar por querelas e paixões dissolventes.

Cuida de viver com intensidade e sem cansaço as horas da existência,

deixando-as passar com real aproveitamento, de modo

que a recordação delas não te cause remorso ou lamentação.



Os momentos de consciência profunda , objetiva, proporcionam a memória

da plenitude, passo inicial para a integração no espírito total da vida.

Jesus assinalou esta conquista ao afirmar :

"Eu e meu Pai somos um."

Havia uma perfeita identificação entre Ele e o Gerador Universal,

acenando aos Seus discípulos a possibilidade de consciência integral com

plenitude pessoal.

Interessado na elucidação da plenitude , ALLAN KARDEC indagou aos Gênios

Espirituais, conforme anotou em O Livro dos Espíritos, na questão 967:

- Em que consiste a felicidade dos bons espíritos ?

- Em conhecerem todas as coisas; em não sentirem ó

dio, nem ciúme, nem inveja, nem ambição, nem qualquer das paixões que

ocasionam a desgraça dos homens. O amor que os une lhes é fonte de suprema felicidade. Não

experimentam as necessidades, nem os sofrimentos, nem as angústias da

Vida material. São felizes pelo bem que fazem....

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco. Livro: Momentos de Consciência.

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