terça-feira, 1 de maio de 2012

36 - Libertação Pelo Amor


Livro Libertação pelo Amor, Introdução, Joanna de Ângelis – Divaldo Franco.
"Nada obstante as incomparáveis conquistas da Ciência e da Tecnologia contemporâneas, a paisagem humana prossegue assinalada pelas dores excruciantes que se convertem em espetáculos de agonia prolongada.
O planeta terrestre estertora, acomodando as placas tectônicas que se chocam desencadeando terríveis tsunamis, que semeiam a destruição generalizada, ceifando dezenas de milhares de existências, enquanto vulcões e tornados, tempestades, incêndios, tufões, varrem-lhe a superfície, modificando-lhe a forma.
Sutis alterações no seu eixo e aquecimento polar acelerado produzem efeitos afligentes para a população, especialmente a litorânea, enquanto avalanchas sobre os mares e oceanos levantam ondas altíssimas que arrasam tudo quanto encontram pela frente.
Tem sido possível detectar alguns desses flagelos quando estão para desencadear-se, através de instrumentos supersofisticados, auxiliando a evacuação das áreas de perigo, não, porém, impedí-los de acontecer.
Esses fenômenos são necessários à evolução física do planeta, que também sutiliza a sua estrutura e, mediante essas hecatombes, proporcionam o progresso espiritual dos seres que o habitam.
As aflições morais, simultaneamente, alcançam patamares elevados, enquanto o crime e a violência de todo jaez semeiam mais sofrimentos e inquietações nas criaturas aturdidas.
Sociólogos e psicólogos, antropólogos e teólogos unem-se para encontrar soluções seguras para os graves problemas que assolam a Humanidade, permanecendo manietados quase, sem conseguirem diminuir o volume de horrores que esmagam os indivíduos, os grupos sociais e as nações.
Os monstros das revoluções armadas e das guerras de extermínio prosseguem com as suas fauces hiantes, devorando vidas inumeráveis, submetendo culturas e países diversos aos seus terríveis destinos, enquanto o ser humano, sem possibilidade de reverter a situação, padece de ansiedade e de medo.
Introjetando conflitos que se sucedem contínuos e parecem impossíveis de apaziguados, avança triste ou tresloucado em direção de lugar algum.
A solidão e o desrespeito à vida sob os diversos aspectos em que se apresenta, campeiam em comportamentos patológicos, enquanto as ambições desmedidas ameaçam a flora e a fauna utilizando-se de meios inadequados.
Tudo isto, porém, porque o endereço do amor foi esquecido, dando lugar ao predomínio do egoísmo e dos seus sequazes.
Por consequência, Deus, o Espírito e o dever encontram-se em plano secundário entre os objetivos que se busca alcançar durante o périplo carnal.
Mais de seis mil anos de cultura, de ética e de civilização que se encontram abandonadas, em face do despautério dos cidadãos que perderam a consciência do dever.
Inegavelmente, uma força terrível arrasta as multidões que se lhe entregam inermes, conspirando contra todos os valores da dignificação antes considerados legítimos.
As religiões são muito divulgadas, entricheirando-se nos arsenais do seu poder econômico, os partidos políticos guerreiam-se entre si, as disputas sociais aumentam as crises de relacionamento e pessoas mentalmente perturbadas fazem a apoteose do crime, do retorno dos governos arbitrários e hediondos, trabalhando em favor do caos, sem nenhuma consciência do que realizam."

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