segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Transição Planetária 2/2

Transição Planetária 1/2

Programa Transição

O canal de Programa Transição possui diversos vídeos relacionados à Doutrina Espírita. Para assistir, acesse o link abaixo e boa programação:

http://www.programatransicao.tv.br/

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Evangelho e caridade



Antes de Jesus, a caridade é desconhecida.

Os monumentos das civilizações antigas não se reportam à divina virtude.
Os destroços do palácio de Nabucodonosor, no solo em que ser erguia a grandeza de Babilônica, falam simplesmente de fausto e poder que os séculos consumiram.
Nas lembranças do Egito glorioso, as Pirâmides não se referem à compaixão.
Os famosos hipogeus de Persépolis são atestados de orgulho racial.
As muralhas da China traduzem a preocupação de defesa.
Nos velhos santuários da Índia, o Todo-Poderoso é venerado por milhões de fiéis, indiscutivelmente sinceros, mas deliberadamente afastados dos semelhantes, nascidos na condição de párias desprezíveis.
A acrópole de Atenas, com as suas colunas respeitáveis, é louvor à inteligência.
O coliseu de Vespasiano, em Roma, é monumento levantado ao triunfo bélico, para as expansões da alegria popular.
Por milênios numerosos, o homem admitiu a hegemonia dos mais fortes e consagrou-a através da arte e da cultura que era suscetível de criar e desenvolver.
Com Jesus, porém, a paisagem social experimenta decisivas alterações.
O Mestre não se limita a ensinar o bem. Desce ao convívio com a multidão e materializa-o com o próprio esforço.
Cura os doentes na via pública, sem cerimoniais, e ajuda a milhares de ouvintes, amparando-os na solução dos mais complicados problemas de natureza moral, sem valer-se das etiquetas do culto externo.
Lega aos discípulos a parábola do bem samaritano, que exalta a missão sublime da caridade para sempre.
A história é simples e expressiva.
Transmite Lucas a palavra do Celeste Orientador, explicando que “descia um homem de Jerusalém para Jericó e caiu nas mãos dos salteadores que o despojaram, espancando-o e deixando-o semimorto. Ocasionalmente, passava pelo mesmo caminho um sacerdote e, vendo-o, passou de largo. E, de igual modo, também um levita, abordando o mesmo lugar e observando-o, passou a distância. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, reparando-o, moveu-se de íntima piedade. Abeirando-se do infortunado, aliviou-lhe as feridas e, colocando-o sobre sua cavalgadura, cuidadosamente asilou-o numa estalagem”.
Vemos, dentro da narrativa, que o Senhor situa no necessitado simplesmente “um homem”.
Não lhe identifica a raça, a cor, a posição social ou os pontos de vista.
Nele, enxerga a Humanidade sofredora, carecente de auxílio das criaturas que acendam a luz da caridade, acima de todos os preconceitos de classe ou de religião.
Desde aí, novo movimento de solidariedade humana surge na Terra.
No curso do tempo, dispersam-se os apóstolos, ensinando, em variadas regiões do mundo, que “mais vale dar que receber”.
E, inspirados na lição do Senhor, os vanguardeiros do bem substituem os vales da imundície pelos hospitais confortáveis; combatem vícios multimilenários, com orfanatos e creches; instalam escolas, onde a cultura jazia confiada aos escravos; criam institutos de socorro e previdência, onde a sociedade mantinha a mendicância para os mais fracos. E a caridade, como gênio cristão na Terra, continua crescendo com os séculos, através da bondade de um Francisco de Assis, da dedicação de um Vicente de Paulo, da benemerência de um Rockfeller ou da fraternidade do companheiro anônimo da via pública, salientando, valorosa e sublime, que o Espírito do Cristo prossegue agindo conosco e por nós.

(Livro “Roteiro”, psicografado por Francisco Cândido Xavier)

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

NINGUÉM FOGE À LEI DA REENCARNAÇÃO






Em Casa


NINGUÉM FOGE À LEI DA REENCARNAÇÃO.


ONTEM, atraiçoamos a confiança de um companheiro, induzindo-o à derrocada moral. HOJE, guardâmo-lo na condição do parente difícil, que nos pede sacrifício incessante.


ONTEM, abandonamos a jovem que nos amava, inclinando-a ao mergulho na lagoa do vício. HOJE, têmo-la de volta por filha incompreensiva, necessitada do nosso amor.


ONTEM, colocamos o orgulho e a vaidade no peito de um irmão que nos seguia os exemplos menos felizes. HOJE, partilhamos com ele, à feição de esposo despótico ou de filho-problema, o cálice amargo da redenção.


ONTEM, esquecemos compromissos veneráveis, arrastando alguém ao suicídio. HOJE, reencontramos esse mesmo alguém na pessoa de um filhinho, portador de moléstia irreversível, tutelando-lhe, à custa de lágrimas, o trabalho de reajuste.


ONTEM, abandonamos a companheira inexperiente, à míngua de todo auxílio, situando-a nas garras da delinqüência. HOJE, achâmo-la ao nosso lado, na presença da esposa conturbada e doente, a exigir-nos a permanência no curso infatigável da tolerância.


ONTEM, dilaceramos a alma sensível de pais afetuosos e devotados, sangrando-lhes o espírito, a punhaladas de ingratidão. HOJE, moramos no espinheiro, em forma de lar, carregando fardos de angústia, a fim de aprender a plantar carinho e fidelidade.


À frente de toda dificuldade e de toda prova, abençoa sempre e faze o melhor que possas.


Ajuda aos que te partilham a experiência, ora pelos que te perseguem, sorri para os que te ferem e desculpa todos aqueles que te injuriam...


A humildade é a chave de nossa libertação.


E, sejam quais sejam os teus obstáculos na família, é preciso reconhecer que toda construção moral do Reino de Deus, perante o mundo, começa nos alicerces invisíveis da luta em casa.


Da obra: Amor e Vida em Família. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 1995