sábado, 30 de agosto de 2014

Errar é humano?

Errar é humano?


Por – Joilson José Gonçalves Mendes

Normalmente ouvimos ou pronunciamos as seguintes frases: “Errar é humano”. “Errei por que sou humano”. “Errar é da natureza humana”. O que me pergunto é: “Até quando persistiremos nesta situação”? E você poderá questionar: “Em qual situação? Na de errar ou na de ser humano”? E eu te respondo: “Na de ser humano”.
Você está achando meio confuso? Conversa de louco? Calma, explico:
Pergunto a você: “O que você é? a) Um ser humano vivendo uma “aventura”/experiência espiritual? Ou b) Um ser espiritual vivendo uma “aventura”/experiência humana”?
Se a sua resposta for a letra a) paramos a conversa por aqui e concordarei com a expressão “Errar é humano”. Mas, se a sua resposta for a letra b) não há como concordar com a frase em questão.
Sendo seres espirituais ou mais especificamente como nos ensina a Doutrina Espírita, princípio inteligente individualizado, ainda vivenciamos uma experiência humana por que erramos. E como erramos! Quando deixarmos de errar, também deixaremos de reencarnar neste corpo denso.
É imperativo que nos conscientizemos da nossa verdadeira natureza, que somos seres espirituais em evolução e tendemos a categoria de espíritos puros. Todavia, para chegarmos a essa categoria necessário se faz que busquemos as correções de nossas mazelas, precisamos aparar as nossas arestas, nos lapidarmos dia-a-dia.
Não podemos mais justificar os nossos erros com a frase acima. Se ainda permanecemos na condição de humanos é porque estamos deixando de fazer algo em benefício da nossa evolução. Sabemos que a evolução não dá saltos, mas também, não podemos caminhar a passos de tartaruga. Os seres espirituais que habitam o planeta Terra chegaram a um nível de evolução em que a informação, seja no campo material ou no campo espiritual, está avançada a ponto de se conscientizar do real objetivo de sua estada neste tipo de planeta.
Aqueles que ainda persistem no erro serão, pouco a pouco, excluídos e habitarão um planeta em condições primitivas. Não que isto seja um castigo, mas devido às condições fluídicas em que a nova Terra se encontrará. A vibração da Terra estará tão elevada que a frequência daqueles seres que deixaram de acompanhar a mudança de vibração do planeta, não suportará a permanência no globo terreno, tendo que habitar um planeta de vibração condizente com a sua evolução.
O pronunciamento do mestre Jesus no Sermão da Montanha é mais atual e iminente do que pensamos. "Bem aventurados os mansos, porque eles possuirão a Terra." (Mateus, 5:5). Contudo, se continuarmos a repetir que erramos por que somos humanos, cristalizaremos em nossa psique a condição de continuarmos neste estágio de evolução, o que dificultará, ainda mais, o processo evolutivo.
André Luiz, em Mecanismos da Mediunidade, ensina que somos seres condicionados e que ao nos comprazermos nas atividades menos elevadas, sejam de qual for a sua natureza, estabelecemos em nós o condicionamento de hábitos que geram enfermidades diversas. Vejamos o texto abaixo.
“Pensando ou conversando constantemente sobre agentes enfermiços, quais sejam a acusação indébita e a crítica destrutiva, o deboche e a crueldade, incorporamos, de imediato, a influência das criaturas encarnadas e desencarnadas que os alimentam, porque o ato de voltar a semelhantes temas, contrários aos princípios que ajudam a vida e a regeneram, se transforma em reflexo condicionado de caráter doentio, automatizando-nos a capacidade de transmitir tais agentes mórbidos, responsáveis por largo acervo de enfermidade e desequilíbrio”. (grifos nosso)
Diante do exposto podemos inferir que nossos comportamentos, pensamentos e palavras são diretamente responsáveis por continuarmos nesta lamentável condição de humanos. Mudemo-los, portanto, para que possamos acelerar o nosso processo de evolução, conquistarmos o direito de seres espirituais evoluídos e habitarmos um mundo melhor.

Fontes:
- Kardec, Allan. O Evangelho segundo o espiritismo
- Kardec, Allan. O livro dos espíritos
- Xavier, Francisco Candido. Mecanismos da mediunidade – Pelo espírito André Luiz
- Franco, Divaldo Pereira. Transição Planetária – Pelo espírito Manoel Philomeno de Miranda

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

UM ENSAIO SOBRE ESPIRITISMO E POLÍTICA


(Osman Neves Albuquerque)


"Para nós, a política é a ciência de criar o bem de todos e nesse princípio nos firmaremos". Deputado Dr. Adolfo Bezerra de Menezes

Reflexão Preliminar

Haverá alguma relação entre Espiritismo e Política? Sobre o aspecto filosófico, o Espiritismo tem a ver e muito com a Política, já que esta deve ser a arte de administrar a sociedade de forma justa. Conseqüentemente, o espírita não pode declinar da sua cidadania e deve vivenciá-la de forma consciente e responsável. O Brasil sempre foi alvo de muitas esperanças. Falava-se em país do futuro, em berço da nova civilização e, nos meios espíritas, em "Coração do Mundo e Pátria do Evangelho." O grande problema é que os brasileiros nunca demonstraram grande empenho para alcançar concretamente esses títulos. Boa parte dos trabalhos de ciência política no Brasil trazem uma característica marcante: a constatação de que a sociedade brasileira é dependente do Estado e que não tem apego a valores como democracia, liberdade e igualdade. Não tem tradição de participação, de reivindicar seus direitos. A sociedade é uma das maiores responsáveis pelos males que a atingem. Somos um País que não se conscientizou de que depende da sociedade colaborar na resolução de muitos problemas dos quais o Estado não consegue dar conta. O Brasil só vai poder dizer-se Pátria do Evangelho quando der os primeiros passos na construção de uma sociedade realmente democrática, justa e fraterna. Quando, enfim, os brasileiros olharem para a sociedade e perceberem que fazem parte dela. Se uma pessoa está sofrendo, em um determinado local, todos sofremos, pois os problemas dela acabam nos atingindo de uma maneira ou de outra, seja por meio da violência ou dos mecanismos econômicos mais complexos. E o que tem a ver o Espiritismo com isso? O espírita tem em suas mãos instrumentos poderosos de participação (e de transformação) da sociedade: as federativas, os centros espíritas, as instituições específicas, os órgãos de comunicação. Podem, no mínimo, auxiliar na mudança de mentalidade de seus adeptos. Sabemos que Kardec recomendou aos centros que deixassem de lado as questões políticas. Mas essa afirmação significa que não devemos trazer para o centro espírita as campanhas e militâncias partidárias, pois o lugar para o seu exercício é no seio das agremiações e locais respectivos. Assim, jamais o Espiritismo, como Doutrina, e o Movimento Espírita, como prática, poderão dar guarida a um partido político em seu seio, por exemplo: Partido Social Espírita, Partido Espírita Cristão, etc. As questões políticas decorrem dos próprios princípios do Espiritismo. A partir do momento em que se fala em reforma moral, em mudança de visão do mundo, em desapego dos bens materiais, prática da caridade, etc. fala-se sobre política. Principalmente, quando se fala em transformação da sociedade, como aparece a todo momento na Codificação (particularmente no capítulo final da Gênese), estamos falando de política. "Em que consiste a missão dos Espíritos Encarnados? - Em instruir os homens, em lhes auxiliar o progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais". (Questão n º 573 de O Livro dos Espíritos). De se entender, então, que não pode o espírita alienar-se no seio da sociedade em que vive, com a desculpa de que Espiritismo e Política não têm nada que ver, pois é preciso lembrar que a vida material e a vida espiritual são dimensões contínuas da própria Vida. O homem tem que progredir, e isolado ele não tem condições disso, já que seu progresso depende dos bens que lhes são oferecidos pela família, pela escola, pela religião e demais agências sociais. Para o espírita, essa ação política deve ser sempre inspirada nos princípios expressos pelo aspecto filosófico do Espiritismo, que o levam a amar e, nesse caso, amar é desejar o bem; logo, a exteriorização política do Amor é a expressão do querer bem e do agir para o bem de todos. A ação política dos bons é um imperativo na hora atual. O Espiritismo apresenta conceitos claros e precisos para essa atuação. "A nova geração marchará, pois, para a realização de todas as idéias humanitárias compatíveis com o grau de adiantamento a que houver chegado. Avançando para o mesmo alvo e realizando seus objetivos, o Espiritismo se encontrará com ela no mesmo terreno. Aos homens progressistas se deparará nas idéias espíritas poderosa alavanca e o Espiritismo achará, nos novos homens, espíritos inteiramente dispostos a acolhê-lo". (A Gênese). "O Espiritismo não cria a renovação social; a madureza da humanidade é que fará dessa renovação uma necessidade. Pelo seu poder moralizador, por suas tendências progressistas, pela amplitude de suas vistas, pelas generalidades das questões que abrange, o Espiritismo é mais apto do que qualquer outra doutrina a secundar o movimento de regeneração; por isso, é ele contemporâneo desse movimento. Surgiu na hora em que podia ser de utilidade, visto que também para ele os tempos são chegados". (A Gênese). O Espiritismo trabalha com a educação. Esta é a base da própria Doutrina pois, para praticá-la, temos de nos educar. E a educação tem um conteúdo extremamente político, pois muda nossa forma de ver o mundo e de agir nele. Assim, é cada vez mais importante que os centros espíritas percebam a importância de discutir os assuntos da realidade concreta. Não estaremos fazendo política no aspecto partidário, mas sim auxiliando na conscientização dos espíritas sobre como entender a sociedade e agir nela de uma forma crítica e consciente. Com uma visão crítica baseada nos princípios espíritas. Qual o posicionamento de um espírita frente a questões como violência, menores abandonados, educação, desemprego, racismo, discriminação social. O que podemos fazer em nosso âmbito para combater esses problemas? Não adianta querer ser espírita no plano espiritual. Podemos e devemos estudar a moral espírita em sua teoria. Mas não há como fugir: a sua aplicação prática será, quer queiramos ou não, na realidade concreta, enfrentando esses problemas do cotidiano. Segundo J. Herculano Pires, em O Centro Espírita, "O Espiritismo se liga a todos os campos das atividades humanas, não para entranhar-se neles, mas para iluminá-los com as luzes do Espírito. Servir o mundo através de Deus é a sua função e não servir a Deus através do mundo (...)." Por tudo isso, devemos entender que são fundamentais o Espiritismo e a Política para a construção de Uma Nova Sociedade.

REFLEXÃO FINAL

"E quem governa seja como quem serve". Jesus - (Lucas, 22:26) O advento da Nova Era passará, inevitavelmente, pela renovação política. Nada muda se os políticos não mudarem. "A força das coisas possibilita a mudança, mas não construirá uma sociedade mais justa, mais livre, mais feliz, sem que cada família, cada grupo, cada cidade, cada nação elabore seu projeto, organize sua ação para chegar a essa sociedade melhor". (Questões nº 860 e 1019 de O Livro dos Espíritos). Cristo ensinou a paciência e a tolerância, mas nunca determinou que seus discípulos estabelecessem acordo, tácito ou explícito, com os erros que infelicitam o mundo. Em face dessa decisão foi à cruz e legou o último testemunho de não-violência, mas também de não-acomodação com as trevas em que se compraz a maioria das criaturas. Para o aprimoramento da sociedade deve-se trabalhar a fim de aumentar o número de pessoas esclarecidas, justas e amorosas de maneira que suas ações preponderem sobre a dos maus. Como diz J. Herculano Pires (O Reino. São Paulo: Editora Edicel, p.137) "O chamado de uma nova ordem social está clamando no coração do mundo. E o mundo não pode deixar de atendê-lo, porque é um imperativo do progresso terreno, uma lei maior do que as leis transitórias dos homens, é a expressão da própria vontade de Deus". Não poderemos esquecer, também, a preocupação de Deolindo Amorim (O Espiritismo e os Problemas Humanos. São Paulo. Editora USE, 2ª edição, p.34) com o espírita e a sociedade: "Para os espíritas, finalmente, o Cristianismo não é apático. Se, na realidade, o cristão ficasse apenas na fé, rezando e contemplando o mundo à grande distância, sem participar do trabalho de transformação do homem e da sociedade, jamais a palavra do Cristo teria a influência ponderável. O verdadeiro cristão, o que tem o Evangelho dentro de si, e não apenas o que repete versículos e sentenças, não pode cruzar os braços dentro de um mundo arruinado e poluído pelos vícios, pela imoralidade e pelo egoísmo". Alterar essa estrutura social que fomenta o egoísmo em todos os grupos sociais é providência urgente. (Questão nº 573 de O Livro dos Espíritos). Precisamos aproveitar a força das coisas, que está criando possibilidades de mudanças. Isso só pode ser feito, como diz o Codificador, combatendo todas essas causas, senão ao mesmo tempo, pelo menos por parte. Notemos a palavra por parte e não uma de cada vez. Ao interferirmos em um sistema, diz-nos a teoria que não podemos interferir para mudar, sem agir em uma família de coisas. Atuar em uma coisa de cada vez é inócuo, pois o próprio sistema se defenderá eliminando o que o ameaça. No entanto, o caminho parece ser colocar novos princípios em prática nas famílias, instituições, escolas, igrejas, em todos os grupos sociais, de forma que muitos movimentos sociais comecem a demonstrar a viabilidade de novas soluções. (Questões nºs 791 a 793 e 797 de O Livro dos Espíritos). A polêmica idéia de que o Brasil está destinado a cumprir o papel de "Coração do Mundo e Pátria do Evangelho" sempre foi acompanhada de reflexões muito entusiastas. Se ele realmente tem uma missão histórica a realizar, então é preciso começar a pensar o Brasil de um ponto de vista mais realista. Só assim poderemos cumpri-la. O Evangelho apresenta a mais elevada fórmula de vida político-administrativa aos povos da terra. Os ideais democráticos do mundo não derivam senão do próprio ensinamento de Jesus, nesse particular, acima da compreensão vulgar das criaturas. A magna questão é encontrar o elemento humano disposto à execução do sublime princípio. Quase todos os homens se atiram à conquista dos postos de autoridade e evidência, mas geralmente se encontram excessivamente interessados com as suas próprias vantagens no imediatismo do mundo O grande desafio do espírita consciente é participar ativamente desse movimento de transformação social, alicerçado no conhecimento das Leis Morais contidas em O Livro dos Espíritos, buscando: - Politizar-se para escolher melhor; - Esclarecer amigos e familiares sobre o voto consciente; - Participar de grupos de ação comunitária, além do centro espírita; - Votar com amor, para eleger os mais moralizados. Preponderar sobre os maus, como já vimos, é apenas uma questão de vontade. Foi a esta conclusão que chegou Martin Luther King (Os Grandes Líderes – Nova Cultural), ao afirmar: "Não há nada mais trágico neste mundo do que saber o que é certo e não fazê-lo. Não posso ficar no meio de todas essas maldades sem tomar uma atitude." Toda a estrutura da Doutrina Social Espírita está calcada na Codificação e esta deve ser a base para a construção de Uma Nova Sociedade. Assim, a implantação da Política da Fraternidade deve ser para todo espírita consciente UM IDEAL A SER ATINGIDO.

Ensaio elaborado a partir de transcrições do Livro O Espiritismo e a Política para a Nova Sociedade – Aylton Paiva – Lins. Casa dos Espíritas.

http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/comportamento/espiritismo-e-politica.html


POLÍTICA E ESPIRITISMO


Por: Ery Lopes

“Muito será cobrado daquele que muito recebeu”Jesus (Lucas, 12:48)

O espírita sabe, mais do que qualquer outro – ou, deve saber – que tem maiores responsabilidades acerca de tudo que lhe envolve, sendo a política um dos quesitos fundamentais para a sociedade, ao que podemos dizer que: “ser um bom espírita é também ser um bom político”, e este ser político abrange o que concorre para o exercício e também o cidadão votante.A vida social é uma lei natural, conforme lemos em O LIVRO DOS ESPÍRITOS, e a Política é o instrumento de organização administrativa do Estado, do qual todos devem participar ativamente, exercendo a cidadania. Ser contrário a essa instrumentação é fugir das nossas responsabilidades.É certo que o jogo político atual é de evidente depravação, no qual imperam a corrupção e o egoísmo, mas devemos ter em mente que o nível dos nobres contemplados pelas urnas acompanha a média evolutiva desta geração. Ou seja: os eleitos representam mais ou menos fielmente seus eleitores. E por que os mal‐intencionados tanto prosperam na Política? Pela fraqueza dos bem intencionados – diriam os mentores espirituais.Se pessoas íntegras não se envolverem nas atividades políticas, o espaço sempre ficará livre para os egoístas e corruptos. É um trabalho inicialmente qual o de uma borboleta apagando o incêndio na floresta, mas honrosa e positiva. A espiritualidade não despreza os verdadeiros esforços de caridade e aquele que levantar a bandeira do bem comum jamais estará desamparado.Dirão que o homem honesto não tem vez nas assembleias politiqueiras, mas a luta desta bandeira não é a do sucesso para agora e já, nem da consagração no pleito: o sucesso está em dar partida a uma contrarresposta ao padrão criminoso. Moisés foi avisado que não alcançaria em vida a Terra Prometida; Galileu Galilei estava convencido que não convenceria o Tribunal da Inquisição; Schindler sabia que não conseguiria salvar todos os judeus do holocausto...Ah, o espírito do político sincero é o de trabalhar para a sociedade sem mesmo esperar o reconhecimento de seu próprio povo; um ímpeto maior o motiva a empregar suas forças para a promoção da ética, sacrificando as apelações imediatistas. Convicto na marcha do progresso, não se vende por benefícios mesquinhos nem por aplausos e glórias curriculares.Sim, à primeira vista, é revoltante ver tantos corruptos prosperarem, mas não percamos de vista a lei irrevogável de ação e reação: acreditemos na justiça maior e estejamos certos de que os sanguessugas, que ora riem e se fartam às custas do povo, prestarão contas e terão de devolver cada centavo indevido, ressaltando que: muito será cobrado daquele que muito recebeu. Que nossa revolta seja o de quem busca a probidade e não a vingança, rebuscando a fala do Cristo: “Bem‐aventurados os que têm cede de justiça, pois serão saciados”.Cuidemos igualmente de não cairmos na cegueira da paixão partidária; da defesa desse e daquele nome ou legenda, porque o fanatismo nos aproxima da cumplicidade, e, consequentemente, de débitos.Invoquemos a mensagem de “BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO” para reforçamos nosso compromisso espírita de contribuir com a grandiosa missão confiada ao nosso país, conscientes de que o êxito dela depende de nossa diligência. Somente a espiritualização pode levar a efeito a depuração política e abrir espaço para o progresso da nação.Sejamos bons espíritas! Sejamos bons políticos!


Agir e não agir na Política

COMO O ESPÍRITA NÃO DEVE ATUAR NA POLÍTICA:


Levar a política partidária para dentro do Centro, das Entidades ou do Movimento Espírita;

Utilizar-se de médiuns e dirigentes espíritas para apoiar políticos partidários a cargos eletivos aos Poderes Executivo e Legislativo;

Catar votos para políticos que, às vezes, dão alguma "verbinha" para asilos, creches e hospitais, mas cuja conduta política não se afina com os princípios éticos ou morais do Espiritismo;

Apoiar políticos que se dizem espíritas ou cristãos, mas aprovam as injustiças, as barganhas, a "politicagem" (usar a política partidária para interesses egoísticos pessoais ou de grupos a que se ligam);

Participar da política partidária apenas por interesse pessoal, para melhorar a sua vida e de sua família, divorciado em sua militância político-partidária dos princípios e normas da Filosofia Espírita.


COMO O ESPÍRITA DEVE ATUAR NA POLÍTICA:


O espírita pode e deve estudar e reflexionar sobre os princípios político-filosófico-espíritas no Centro Espírita, pois eles estão contidos em O Livro dos Espíritos, Parte Terceira, Das Leis Morais;

Através da análise, do estudo e da reflexão das normas e princípios acima referidos, o espírita deve identificar o egoísmo, o orgulho e a injustiça nas instituições humanas, denunciando-as e agindo para que elas desapareçam da sociedade humana;

Confrontar os fundamentos morais e objetivos do Espiritismo com os fundamentos morais e objetivos dos partidos políticos, verificando de forma coerente qual ou quais deve apoiar e até mesmo participar como membro atuante, se tiver vocação para tal, sabendo, no entanto, da responsabilidade que assume nesse campo, já que sua militância deve sempre estar voltada para o interesse do ser humano, em seus aspectos social e espiritual. Para isso, sua ação política deverá estar em harmonia com os valores éticos (morais) do Espiritismo que, em última análise, são fundamentalmente os mesmos do Cristianismo;

Participar de organizações e movimentos que propugnem pela Justiça, pelo Amor, pelo progresso intelectual, moral e físico das pessoas. Exemplos: clubes de serviços, sindicatos, associações de classes, diretórios acadêmicos, movimentos de respeito e defesa dos direitos humanos, etc.;

Fazer do voto um elevado testemunho de amor ao próximo; Considerando que a sociedade humana é dirigida por políticos que saem das agremiações partidárias e suas influências podem ajudar ou atrasar a evolução intelecto-moral da humanidade, o voto, realmente, é uma forma de exprimir o amor ao próximo e à coletividade; Deve, pois, analisar se a conduta do candidato político-partidário tem maior ou menor relação com os princípios morais e políticos (aspecto filosófico) do Espiritismo;

Participar conscientemente da ação política na sociedade, sem relegar o estudo e a reflexão do Espiritismo a plano secundário. Pelo contrário, o estudo e a reflexão dos temas espíritas deverão levá-lo a permanente participação, objetivando a aplicação concreta do Amor e da Justiça ao ser humano, seja individual ou coletivamente.


http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/comportamento/espiritismo-e-politica.html



Espiritismo – o Ser Social: Kardecismo fala sobre a vida em sociedade

"Espiritismo – o Ser Social: Kardecismo fala sobre a vida em sociedade


Porque nenhum de nós vive para si".

(Paulo aos Romanos,14:7)


Na Natureza tudo se serve, tudo se encadeia, desde o ser mais simples até o mais evoluído. O Sol atende ao seu sistema fornecendo luz e calor para promover uma reação que mantém os elementos vitais em circulação, sustentando a vida em todos os planetas. Os planetas em suas órbitas, se posicionam de tal forma, que um mantém o equilíbrio do outro, além do seu próprio, obtendo uma harmonia em todo o sistema.


Para que tenhamos a eletricidade, necessitamos de um rio com volume de água suficiente para movimentar a usina geradora de energia elétrica. Para manter a água necessária precisa-se da chuva. Para que a eletricidade chegue ao seu destino, são necessários fios condutores e assim por diante. Tudo isso funcionando em perfeita sintonia nos fornece a energia suficiente para mantermos nossos lares com iluminação e todos os aparelhos eletrodomésticos que nos servem em nosso dia a dia.


Hoje, com a chamada globalização, os países envolvidos necessitam manter suas economias atualizadas e equilibradas, porque se algum deles provocar alguma anomalia, todos os outros sentirão o efeito negativo. Caso contrário, tudo estará bem e funcionará normalmente, com as populações desses países, tendo empregos, alimentos e conforto. Pois é, assim temos exemplos de como cada um de nós deve agir para manter o nosso próprio equilíbrio e de todos aqueles que nos rodeiam e vivem em função de nós.


Em O Livro dos Espíritos, foram respondidas questões sobre o assunto, onde espíritos afirmaram: "A vida social está na Natureza. Deus fez o homem para viver em sociedade. Deus não deu inutilmente a palavra e todas as outras faculdades necessárias à vida de relação. O isolamento absoluto é contrário à Lei Natural, pois os homens buscam a sociedade por instinto e devem todos concorrer para o progresso, ajudando-se mutuamente. O homem deve progredir, mas sozinho não o pode fazer porque não possui todas as faculdades: precisa do contato dos outros homens. No isolamento, ele se embrutece e se debilita."


O Codificador, em nota a essas respostas, acrescenta: "Nenhum homem dispõe de faculdades completas e é pela união social que eles se completam uns aos outros, para assegurarem seu próprio bem-estar e progredirem. Eis porque, tendo necessidade uns dos outros, são feitos para viver em sociedade e não isolados."


Podemos observar, assim, que a sociedade necessita de criaturas que cooperem umas com as outras para que o progresso geral se estabeleça. Dizem os espíritos, que os maiores obstáculos ao progresso são o egoísmo e o orgulho. O egoísmo e o orgulho extremados quebram a harmonia entre os homens, pois são eles que entravam o progresso moral, provocando a discórdia, a malevolência, o ciúme, o sofrimento atroz, chegando a afastar o homem da vida social, levando-o à ruína. Para compreendermos o efeito negativo do egoísmo e do orgulho, buscamos o livro Fábulas e Lendas, de Leonardo da Vinci, uma adaptação do conto "A árvore orgulhosa".


Diz ele:

"No meio de um jardim, junto a muitas outras árvores, havia um lindo cedro. Crescia a cada ano que passava e seus galhos eram muito mais altos do que os galhos das outras árvores.

Tirem daí essa castanheira! - disse o cedro, inchado de orgulho ante a sua própria beleza. E a castanheira foi removida.

Levem embora aquela figueira! - disse o cedro - Ela me incomoda. E a figueira foi arrancada.

Tirem as macieiras! - prosseguiu o cedro, erguendo alto a sua bela cabeça. E as macieiras se foram.

Assim, o cedro fez com que uma a uma, todas as outras árvores fossem arrancadas, até ficar sozinho, dono do grande jardim. Um dia, porém, houve uma forte ventania. O lindo cedro lutou com todas as forças, agarrando-se à terra com suas longas raízes. Mas o vento, sem outras árvores para detê-lo, dobrou e feriu o cedro. Finalmente, com grande estrondo, derrubou-o ao chão."


Por Elio Mollo - estudioso da Doutrina Espirita!

http://bemzen.uol.com.br/noticias/ver/2012/06/20/879-espiritismo-o-ser-social


quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Pensamento e Ação

O pensamento escolhe. 
A Ação realiza. 
O homem conduz o barco da vida com os remos do desejo e a vida conduz o homem ao porto que ele aspira a chegar. 
Eis porque, segundo as Leis que nos regem, “a cada um será dado segundo suas próprias obras”. (Emmanuel)

Iluminação pessoal !

"Não nos iluminamos imaginando figuras de luz, mas tomando consciência das trevas"


Tua Estátua!


terça-feira, 12 de agosto de 2014

MUNDO IDEAL

O mundo ideal é uma criação mental que idealizamos, visando nosso gozo pessoal, com base na máxima satisfação das sensações físicas! 

Esquecemos que a Grande Vida do Universo é a fonte criadora da nossa existência! 

Somos criaturas eternas e estamos neste Mundo para nossa evolução pessoal, burilando nosso ego, retirando as impurezas do nosso caráter, eliminando os excessos do nosso egoísmo! 

Somos seres perfectíveis, que nos encontramos em constante processo de Amadurecimento! 

O Criador nunca está inerte, sempre está criando, porquanto Jesus nos advertiu que: " Meu Pai trabalha, e eu trabalho também!"

Portanto, na Lei eterna do trabalho, encontramos a fonte de
Nosso crescimento pessoal. 

Podemos visualizar o Mundo Ideal como aquele em que nós podemos ser criadores do nosso destino, permitindo a abertura de um canal por onde o poder ilimitado de Deus nos proporcione novo vigor e nova energia criativa, que nos  mostra que somos livres para construir nosso destino, conforme a Visão de Mundo que internalizamos em nosso Ser Eterno!
 
Portanto, elimine as suas Aflições, Angústias, temores, inquietações! 
Crie em volta um ambiente harmonioso e positivamente perfeito!